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Resenha do Livro "Beren E Lúthien" - Escrito por J. R. R. Tolkien
Informações
- Título: Beren e Lúthien
- Capa comum: 368 páginas
- Autor: J. R. R. Tolkien
- Editor: Christopher Tolkien (Filho do Autor)
- Tradução: Ronald Kyrmse
- Ilustrações e Capa: Alan Lee
- Editora: HarperCollins;
- Idioma: Português
- ISBN-10: 8595083665
- ISBN-13: 978-8595083660
- Dimensões: Altura 21,4 cm
- Largura 13,6 cm
- Profundidade 2,6 cm
- Peso: 590 g
- Papel: ?
- Capa: Dura
- Cor do Papel: Amarelada
- Extra - Poemas Bilíngues - Português e Inglês
Breve Histórico
Ao editar o livro "Beren e Lúthien", Christopher Tolkien acreditava ser o seu último trabalho no esforço ínfimo de editar as obras do seu amado pai, o autor J. R. R. Tolkien. Trabalho esse que durou boa parte da sua longa vida, 103 anos quando faleceu em janeiro de 2020.
Um dos seus primeiros trabalhos como editor de seu pai foi a obra "O Silmarillion", no qual ele reuniu os textos que o pai falecido havia deixado em sua guarda, dando a ele plenos direitos sobre os manuscritos. Tendo que escolher dentre as versões que ele achava mais coerentes e completas de cada texto. Isso tudo porquê os textos do Tolkien-pai tinham muitas versões, algumas delas em prosas e outras em versos, algumas resumidas e outras escritas a lápis e apagadas, depois passadas a limpo de caneta em cima da versão anterior pela esposa Edith.
Verdadeiramente "O Simarillion" se tornou um trabalho difícil de se concluir, mas com a ajuda do autor Guy Kay, o livro acabou tomando forma e sendo lançado em 1977, quatro anos pós o falecimento do Tolkien Pai.
Durante anos depois do lançamento, Christopher continuou lançando obras concluídas e inacabadas de seu pai, como o livro "Contos Inacabados". Com a repercussão positiva e cada vez mais leitores e estudiosos da obra do Legendário Tolkieniano se aproximando com curiosidade voraz e boas críticas, indo além de O Hobbit, Senhor dos Anéis, Christopher editou e lançou mais 12 livros chamados de "A História da Terra-média", nesses livros ele colocou em detalhes o processo de construção deste mundo fantástico, cada manuscrito detalhadamente esmiuçado pelo filho e editor com comentários e muitos relatos históricos da biografia do Tolkien-autor.
Anos depois do término desse trabalho, sabendo que seu pai desejava lançar sua obra contando os TRÊS CONTOS PRINCIPAIS do Silmarillion, em uma forma expandida onde cada história se conversaria no mesmo universo e ainda assim seriam compreendidas de forma independente. Christopher Tolkien então lançou "Os Filhos de Húrin" em 2007, "Beren e Lúthien" em 2018 e "A Queda de Gondolin" em 2019.
Resenha literária
O livro "Beren e Lúthien" contém textos antes só vistos nos livros "O Livro dos Contos Perdidos" e "As Baladas de Beleriand", são esses os volumes II e III da Coleção "A História da Terra-média" . Sendo assim pouco se encontra de material novo, para quem já teve contato com esses livros. Porém, para quem SÓ leu a TRÍADE "Senhor dos Anéis", "O Hobbit" e "O Silmarillion", um de cada ou nem isso, o impacto durante a leitura aqui é gigante.
Nesse livro se encontram as muitas versões inacabadas da Balada de Lúthien - ou Leithian como são vistos nos primeiros rascunhos - tudo bem explicado desde o prefácio feito por Christopher. Estas versões se mostram belíssimas e muito mais do que uma simples expansão do texto encontrado no Capítulo 19 - de "O Silmarillion", e podem ser lidas na ordem em que estão dispostas no livro ou separadamente juntando o quebra-cabeça das versões em prosa e verso. Isso mesmo, prepare-se para mais de 1000 versos de poesia. Com isso acredito que Christopher quis que os leitores tivessem a mesma sensação que ele teve ao descobrir os manuscritos, tentando entender cada personagem, lugar e raças. Todos com os nomes originais, em suas primeiríssimas versões, datadas desde 1917, até muitos anos mais tarde após o lançamento do Senhor dos Anéis.
Com pouquíssima "dominação do editor" como o próprio Christopher diz, ao final do livro se tem um glossário de palavras antigas e uma lista com os nomes nos textos originais, muito úteis na hora da dúvida, o que pode ser recorrente, já que Tolkien criou cada nome e depois modificou, por conta dos idiomas que ele também criou e foi modificando ao longo da vida e escrita.
O livro não contém mapas, porém vem com ilustrações de Alan Lee, que segue fazendo um trabalho maravilhoso desde os "Filhos de Hurín" e "Senhor dos Anéis" .
Vale ressaltar que a tradução brasileira manteve a versão em inglês das poesias ao lado da tradução, uma em cada página. Assim, a pessoa pode tentar ver como é um termo original em inglês. E aqui se propõe uma tradução brasileira aliteral de forma a se aproximar mais fielmente ao que o autor queria, uma linguagem mais arcaica e robusta. Nos poemas de forma aliteral as rimas e métrica são preservadas, embora alguns termos tiveram de ser substituídos no processo, o que é normal em traduções do tipo.
Para aqueles que caíram de pára-quedas, peço paciência durante a leitura, esse é um livro nível médio/avançado em se tratando de Tolkien, e essa leitura deve ser feita com muito carinho e atenção nada ali no texto é definitivo e a estrutura não é linear e os personagens mudam de nome, características e até somem ou são substituídos. Em tese esse é um livro de rascunhos de um autor falecido há muito tempo.
Ilustrações
Por Alan Lee
Playlist com resenhas e vídeos dos canais Parceiros "Tolkien Talk" e "O Bolseiro" sobre Beren e Lúthien
Um pouco do enredo - SPOILERS
MAIS SOBRE O LIVRO PODERÁ ESTRAGAR A EXPERIÊNCIA DO LEITOR
Espero que o tenha deixado curioso.. se quiser adquirir o livro clique na capa no início do texto.
ou aqui!
Por Daniel Henrique
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Antes de escolher o nome de Elfos para suas criaturas fantásticas em suas histórias, Tolkien pegou emprestado do Latim gnomus e do Grego gnosis, o nome de Gnomos para os personagens do Livro dos Contos Perdidos, a primeira tentativa daquilo que seria um dia o Silmarillion.
Ao editar o livro "Beren e Lúthien", Christopher Tolkien acreditava ser o seu último trabalho no esforço ínfimo de editar as obras do seu amado pai, o autor J. R. R. Tolkien. Trabalho esse que durou boa parte da sua longa vida, 103 anos quando faleceu em janeiro de 2020.